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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Mensagem Natalina … | Rcav5's Blog

Mensagem Natalina … | Rcav5's Blog 

No Ano Litúrgico o período do Advento precede o nascimento de Jesus de Nazaré  o ´´ Deus Conosco ´´  ... celebremos com Alegria esse acontecimento  que se dará no coração daqueles que tem Fé !

sábado, 23 de novembro de 2013

O Professor que nunca havia reprovado um só aluno … | Rcav5's Blog

O Professor que nunca havia reprovado um só aluno … | Rcav5's Blog

Num momento em que políticas sociais descalibradas levam o Pais à uma encruzilhada na vida econômica meditar sobre o sentido prático dessa historinha vale para os eleitores de 2014 .

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Manifesto do Blog por um Brasil ...

... livre de corruptos . Acompanho os Amigos da Avaaz acrescentando que em seguida devemos partir para o voto facultativo em nosso sistema eleitoral . Segue transcricão do manifesto da Avaaz pelo fim do voto secreto nas votacões no Congresso Nacional :

O voto secreto acaba AGORA!

19/11: Há um ano e meio, nossa comunidade se uniu à luta pelo fim do voto secreto no Congresso. E agora estamos a apenas uma votação da transparência total em nossa política. Mas alguns senadores – liderados por Renan Calheiros – não querem isso. 

A batalha pelo fim do voto secreto no Senado está chegando ao seu ponto alto -- agora todas as atenções estão voltadas para a votação que acontecerá hoje à tarde no plenário. O resultado será decidido por uma margem mínima de votos e por isso a pressão pública pode fazer toda a diferença! 

Não vamos deixar que eles nos façam de palhaços - os números de telefone e dicas de o que dizer estão abaixo. Ligue agora para pôr fim ao sigilo no Senado - e, em seguida, envie uma mensagem no Facebook e Twitter:

Boa sorte para o povo do Brasil , até mais !

terça-feira, 9 de julho de 2013

Alguém está falando com autoridade ...

... e dizendo coisas que fazem sentido ! Parabéns por sua análise André ... ela é bem estruturada e convincente ! Eu a recebi do sempre Amigo F. Beauclair e me apresso em manda-la para a blogosfera para que assim fique à disposição de todos . Mas antes quero ressaltar pontos que julgo importantes para as cogitações de quantos se importam com os rumos que tomará nossa Nação daqui por diante . Eles estão sintetizados de forma magistral no trecho : '' No mundo todo, a população parece já ter intuído a exaustão do modelo consumista do século XX, mas ainda não encontrou nas esferas da política tradicional a capacidade de participar da formulação das alternativas. Apegada a fórmulas feitas, a política continua pautada pelos temas e objetivos de um mundo que não corresponde mais à realidade de hoje. As grandes propostas totalizantes já não fazem sentido. O nacionalismo, a obsessão com o crescimento material, a ênfase no consumo supérfluo, os grandes embates ideológicos, temas que dominaram a política nos últimos dois séculos, perderam importância. Hoje, o que importa são questões concretas, relativas ao cotidiano, questões de eficiência administrativa para garantir a qualidade de vida.'' . Mas leiam o artigo [por completo pois como disse o Beauclair : 

''Artigo notável, a melhor explicação que já vi sobre as passeatas recentes'' 

A seguir transcrevo o excelente artigo do André Lara Resende : 

O mal-estar contemporâneo (Artigo)
05/07/2013 - VALOR ECONÔMICO -SP - EU E FIM DE SEMANA 
Por André Lara Resende | Para o Valor, de São Paulo
Nenhuma liderança soube captar e expressar o mal-estar contemporâneo. Este é provavelmente o seu elemento novo: a internet viabiliza a mobilização antes que surjam as lideranças
Na tentativa de interpretar o protesto das ruas nas grandes cidades brasileiras, há uma natural tentação de fazer um paralelo com os movimentos similares nos países avançados, sobretudo da Europa, mas também nos EUA - Occupy Wall Street - assim como com os da chamada Primavera Árabe. As condições objetivas são, contudo, muito distintas. A Primavera Árabe é um fenômeno de países totalitários, onde não há representação democrática. Não é o caso do Brasil. Na Europa, sobretudo nos países mediterrâneos periféricos mais atingidos pelos efeitos da crise financeira de 2008, houve uma drástica piora das condições de vida. O desemprego, especialmente entre os jovens, subiu para níveis dramáticos. Mais uma vez, não é o caso do Brasil.
Nem os críticos mais radicais ousariam argumentar que o Brasil de hoje não se enquadra nos moldes das democracias representativas do século XX. Podem-se culpar os desacertos da política econômica nos últimos seis anos. Embora devam ficar mais evidentes daqui para a frente, os efeitos negativos da incompetência da política econômica só muito recentemente se fizeram sentir. Fato é que, desde a estabilização do processo inflacionário crônico, houve grandes avanços nas condições econômicas de vida dos brasileiros. Nos últimos 20 anos, houve ganho substancial de renda entre os mais pobres. Ao contrário do que ocorreu em outras partes do mundo, até mesmo nos países avançados, a distribuição de renda melhorou. O desemprego está em seu mínimo histórico.
É verdade que a inflação, especialmente a de alimentos, que se faz sentir mais intensamente pelos assalariados, está em alta. Por mais consciente que se seja em relação aos riscos, políticos e econômicos, da inflação, é difícil atribuir à inflação o papel de catalisadora do movimento das ruas nas últimas semanas. Só agora a taxa de inflação superou o teto da banda - excessivamente generosa, é verdade - da meta do Banco Central.
Os dois elementos tradicionais da insatisfação popular - dificuldades econômicas e falta de representação democrática - definitivamente não estão presentes no Brasil de hoje. Inflação, desemprego, autoritarismo e falta de liberdade de expressão não podem ser invocados para explicar a explosão popular. O fenômeno é, portanto, novo. Procurar interpretá-lo de acordo com os cânones do passado parece-me o caminho certo para não o compreender.
O movimento de maio de 1968 na França tem sido lembrado diante das manifestações das últimas semanas. O paralelo se justifica, pois maio de 68 é o paradigma do movimento sem causas claras nem objetivos bem definidos, uma combustão espontânea surpreendente, que ocorre em condições políticas e econômicas relativamente favoráveis. Movimento que, uma vez detonado, canaliza um sentimento de frustração difusa - um "malaise"- com o estado das coisas, com tudo e todos, com a vida em geral.
A novidade mais evidente em relação a maio de 68 na França é a internet e as redes sociais. Embora não tivesse expressão clara na vida pública francesa, a insatisfação difusa poderia ter sido diagnosticada, ao menos entre os universitários parisienses. No Brasil de hoje, a irritação difusa podia ser claramente percebida na internet e nas redes sociais. O movimento pelo passe livre fez com que este mal-estar transbordasse do virtual para a realidade das ruas. Tanto os universitários franceses de 68, quanto os internautas do Brasil de hoje, não representam exatamente o que se poderia chamar de as massas ou o povão, mas funcionam igualmente como sensores e catalisadores de frustrações comuns.
Quais as causas do mal-estar difuso no Brasil de hoje, que transbordou da internet para a realidade e levou a população às ruas?
Parecem ter dois eixos principais. O primeiro, e mais evidente, é uma crise de representação. A sociedade não se reconhece nos poderes constituídos - Executivo, Legislativo e Judiciário - em todas suas esferas. O segundo é que o projeto do Estado brasileiro não corresponde mais aos anseios da população. O projeto do Estado, e não do governo, é importante que se note, pois a questão transcende governos e oposições. Este hiato entre o projeto do Estado e a sociedade explica em grande parte a crise de representação.
O Estado brasileiro mantém-se preso a um projeto cuja formulação é do início da segunda metade do século passado. Um projeto que combina uma rede de proteção social com a industrialização forçada. A rede de proteção social inspirou-se nas reformas das economias capitalistas da Europa, entre as duas Grandes Guerras, reforçadas após a crise dos anos 1930. Foi introduzida no Brasil por Getúlio Vargas, para a organização do mercado de trabalho, baseado no modelo da Itália de Mussolini. A industrialização forçada através da substituição de importações, introduzida por Juscelino Kubitschek nos anos 1950, e reforçada pelo regime militar nos anos 1970, tem raízes mais autóctones. Suas origens intelectuais são o desenvolvimentismo latino-americano dos anos 1950, que defendia a ação direta do Estado, como empresário e planejador, para acelerar a industrialização.
Não nos interessa aqui fazer a análise crítica do projeto desenvolvimentista que, com altos e baixos, aos trancos e barrancos, cumpriu seu papel e levou o país às portas da modernidade neste início de século. Basta ressaltar que o desenvolvimentismo, em seus dois pilares - a industrialização forçada e a rede de proteção social - dependem da capacidade do Estado de extrair recursos da sociedade. Recursos que devem ser utilizados para financiar o investimento público e os benefícios da proteção social.
Diante da baixa taxa de poupança do setor privado e da precariedade da estrutura tributária do Estado, a inflação transferiu os recursos da sociedade para o Estado, até que nos anos 1980 viesse a se tornar completamente disfuncional. Com a inflação estabilizada, a partir do início dos anos 1990, o Estado se reorganizou para arrecadar por via fiscal também os recursos que extraía através do imposto inflacionário. A carga fiscal passou de menos de 15% da renda nacional, no início dos anos 1950, para em torno de 25%, nas décadas de 1970 a 90, até saltar para os atuais 36%, depois da estabilização da inflação. O Brasil tem hoje uma carga tributária comparável, ou mesmo superior, à das economias mais avançadas.
O projeto do PT no governo revelou-se flagrantemente retrógrado. É essencialmente a volta do nacional- desenvolvimentismo
Apesar de extrair da sociedade mais de um terço da renda nacional, o Estado perdeu a capacidade de realizar seu projeto. Não o consegue entregar porque, apesar de arrecadar 36% da renda nacional, investe menos de 7% do que arrecada, ou seja, menos de 3% da renda nacional. Para onde vão os outros 93% dos quase 40% da renda que extrai da sociedade? Parte, para a rede de proteção e assistência social, que se expandiu muito além do mercado de trabalho organizado, mas, sobretudo, para sua própria operação. O Estado brasileiro tornou-se um sorvedouro de recursos, cujo principal objetivo é financiar a si mesmo. Os sinais dessa situação estão tão evidentes, que não é preciso conhecer e analisar os números. O Executivo, com 39 ministérios ausentes e inoperantes; o Legislativo, do qual só se tem más notícias e frustrações; o Judiciário pomposo e exasperadoramente lento.
O Estado foi também incapaz de perceber que seu projeto não corresponde mais ao que deseja a sociedade. O modelo desenvolvimentista do século passado tinha dois pilares. Primeiro, a convicção de que a industrialização era o único caminho para escapar do subdesenvolvimento. Países de economia primário-exportadora nunca poderiam almejar alcançar o estágio de desenvolvimento das economias industrializadas. Segundo, a convicção de que o capitalismo moderno exige a intervenção do Estado em três dimensões: para estabilizar as crises cíclicas das economias de mercado; para prover uma rede de proteção social; e, no caso dos países subdesenvolvidos, para liderar o processo de industrialização acelerada. As duas primeiras dimensões da ação do Estado são parte do consenso formado depois da crise dos anos 1930. A terceira decorre do sucesso do planejamento central soviético em transformar uma economia agrária, semifeudal, numa potência industrial em poucas décadas. A proteção tarifária do mercado interno, com o objetivo de proteger a indústria nascente e promover a substituição de importações, completava o cardápio com um toque de nacionalismo.
O nacional- desenvolvimentismo, fermentado nos anos 1950, teve sua primeira formulação como plano de ação do governo na proposta de Roberto Simonsen. Embora sempre combatido pelos defensores mais radicais do liberalismo econômico, como Eugênio Gudin, autor de famosa polêmica com Roberto Simonsen, e posteriormente por Roberto Campos, foi adotado tanto pela esquerda, como pela direita. Seu período de maior sucesso foi justamente o do "milagre econômico" do regime militar.
Na década de 1980, a inflação se acelera e se torna definitivamente disfuncional. As sucessivas e fracassadas tentativas de estabilização passam a dominar o cenário econômico. Com a estabilização do real, a partir da segunda metade da década de 1990, ainda com algum constrangimento em reconhecer que o nacional-desenvolvimentismo já não fazia sentido num mundo integrado pela globalização, o país parecia estar em busca de novos rumos. A vitória do PT foi, sem dúvida, parte da expressão desse anseio de mudança.
Nos dois primeiros anos do governo Lula, a política econômica foi essencialmente pautada pela necessidade de acalmar os mercados financeiros, sempre conservadores, assustados com a perspectiva de uma virada radical à esquerda. A partir daí, o PT passou a pôr em prática o seu projeto. Um projeto muito diferente do que defendia enquanto oposição. O projeto do PT no governo, frustrando as expectativas dos que esperavam mudanças, muito mais do que o aparente continuísmo dos primeiros anos do governo Lula, revelou-se flagrantemente retrógrado. É essencialmente a volta do nacional-desenvolvimentismo, inspirado no período em este que foi mais bem-sucedido: durante regime militar. A crise internacional de 2008 serviu para que o governo abandonasse o temor de desagradar aos mercados financeiros e, sob pretexto de fazer política macroeconômica anticíclica, promovesse definitivamente a volta do nacional-desenvolvimentismo estatal.
O PT acrescentou dois elementos novos em relação ao projeto nacional-desenvolvimentista do regime militar: a ampliação da rede de proteção social, com o Bolsa Família, e o loteamento do Estado. A ampliação da rede de proteção social se justifica, tanto como uma inciativa capaz de romper o impasse da pobreza absoluta, em que, apesar dos avanços da economia, grande parte da população brasileira se via aprisionada, quanto como forma de manter um mínimo de coerência com seu discurso histórico. Já a lógica por trás do loteamento do Estado é puramente pragmática. Ao contrário do regime militar, que não precisava de alianças difusas, o PT utilizou o loteamento do Estado, em todas suas instâncias, como moeda de troca para compor uma ampla base de sustentação. Sem nenhum pudor ideológico, juntou o sindicalismo de suas raízes com o fisiologismo do que já foi chamado de Centrão, atualmente representado principalmente pelo PMDB, no qual se encontra toda sorte de homens públicos, que, independentemente de suas origens, perderam suas convicções ao longo da estrada e hoje são essencialmente cínicos.
Há ainda um terceiro elemento do projeto de poder do PT. Trata-se da eleição de uma parte do empresariado como aliada estratégica. Tais aliados têm acesso privilegiado ao crédito favorecido dos bancos públicos e, sobretudo, à boa vontade do governo, para crescerem, absorverem empresas em dificuldades, consolidarem suas posições oligopolísticas no mercado interno e se aventurarem internacionalmente como "campeões nacionais".
A combinação de um projeto anacrônico com o loteamento do Estado entre o sindicalismo e o fisiologismo político, ao contrário do pretendido, levou à sobrevalorização cambial e à desindustrialização. Só foi possível sustentar um crescimento econômico medíocre enquanto durou a alta dos preços dos produtos primários, puxados pela demanda da China. A ineficiência do Estado nas suas funções básicas - segurança, infraestrutura, saúde e educação - agravou-se significativamente. Ineficiência realçada pela redução da pobreza absoluta na população, que aumentou a demanda por serviços de qualidade.
A insatisfação difusa dos protestos pode vir a ser catalizadora de uma mudança profunda de rumo, que abra o caminho para um novo desenvolvimento (na foto, manifestantes sobem ao teto do Congresso)
Loteado e inadimplente em suas funções essenciais, enquanto absorvia parcela cada vez maior da renda nacional para sua própria operação, o Estado passou a ser visto como um ilegítimo expropriador de recursos. Não apenas incapaz de devolver à sociedade o mínimo que dele se espera, mas também um criador de dificuldades. A combinação de uma excessiva regulamentação de todas as esferas da vida, com a truculência e a arrogância de seus agentes, consolidou o estranhamento da sociedade. Em todas as suas esferas, o Estado deixou de ser percebido como um aliado, representativo e prestador de serviço. Passou a ser visto como um insaciável expropriador, cujo único objetivo é criar vantagens para os que dele fazem parte, enquanto impõe dificuldades e cria obrigações para o resto da população. O contraste da realidade com o ufanismo da propaganda oficial só agravou o estranhamento e consolidou o divórcio entre a população e os que deveriam ser seus representantes e servidores.
A insatisfação com a democracia representativa não é um fenômeno exclusivamente brasileiro. As razões dessa insatisfação ainda não estão claras, mas é possível que o modelo de representação democrática, constituído há dois séculos para sociedades menores e mais homogêneas, tenha deixado de cumprir seu papel num mundo interligado de 7 bilhões de pessoas, e precise ser revisto. O debate público deslocou-se das esferas tradicionais da política para a internet e as redes sociais. Ameaçada pelo crescimento da internet e habituada ao seu papel de agente da política tradicional, a mídia não percebeu que o debate havia se deslocado.
No caso brasileiro, perplexa com sua aparente falta de repercussão e pressionada financeiramente pela competição da internet, uma parte da mídia desistiu do jornalismo de interesse público e passou a fazer um jornalismo de puro entretenimento. Mesmo os que resistiram, cederam, em maior ou menor escala, à lógica dos escândalos. Foram incapazes de compreender a razão da sua falta de repercussão, pois não se deram conta de que o público e o debate haviam se deslocado para a internet. Surpreendida pelo movimento de protestos, num primeiro momento, a mídia não foi capaz de avaliar a extensão da insatisfação. Transformou-se ela própria em alvo da irritação popular. Em seguida, aderiu sem convencer, sempre a reboque do debate e da mobilização através da internet. A favor da mídia, diga-se que ninguém foi capaz de captar a insatisfação latente antes da eclosão do movimento das ruas. As pesquisas apontavam, até muito recentemente, grande apoio à presidente da República, considerada praticamente imbatível, até mesmo por seus eventuais adversários nas próximas eleições. Nenhuma liderança soube captar e expressar o mal-estar contemporâneo. Este é provavelmente o seu elemento novo: a internet viabiliza a mobilização antes que surjam as lideranças. Tanto as possibilidades como os riscos são novos.
O projeto nacional-desenvolvimentista combina o consumismo das economias capitalistas avançadas com o produtivismo soviético. Ambos pressupõem que o crescimento material é o objetivo final da atividade humana. Aí está a essência de seu caráter anacrônico. Os avanços da informática permitiram a coleta de um volume extraordinário de evidências sobre a psicologia e os componentes do bem-estar. A relação entre renda e bem-estar só é claramente positiva até um nível relativamente baixo de renda, capaz de atender às necessidades básicas da vida. A partir daí, o aumento do bem-estar está associado ao que se pode chamar de qualidade de vida, cujos elementos fundamentais são o tempo com a família e os amigos, o sentido de comunidade e confiança nos concidadãos, a saúde e a ausência de estresse emocional.
Os estudos da moderna psicologia comprovam aquilo que de uma forma ou de outra, mais ou menos conscientemente, intuímos todos: nossa insaciabilidade de bens materiais advém do fato de que o bem-estar que nos trazem é efêmero. Para manter a sensação de bem-estar, precisamos de mais e novas aquisições. O consumismo material tem elementos parecidos com o do uso de substâncias entorpecentes que causam dependência física e psicológica.
No mundo todo, a população parece já ter intuído a exaustão do modelo consumista do século XX, mas ainda não encontrou nas esferas da política tradicional a capacidade de participar da formulação das alternativas. Apegada a fórmulas feitas, a política continua pautada pelos temas e objetivos de um mundo que não corresponde mais à realidade de hoje. As grandes propostas totalizantes já não fazem sentido. O nacionalismo, a obsessão com o crescimento material, a ênfase no consumo supérfluo, os grandes embates ideológicos, temas que dominaram a política nos últimos dois séculos, perderam importância. Hoje, o que importa são questões concretas, relativas ao cotidiano, questões de eficiência administrativa para garantir a qualidade de vida.
É significativo que os protestos no Brasil tenham começado com a reivindicação do passe livre nos transportes públicos urbanos. A questão da mobilidade nas grandes metrópoles é paradigmática da exaustão do modelo produtivista-consumista. A indústria automobilística foi o pilar da industrialização desenvolvimentista e o automóvel o símbolo supremo da aspiração consumista. O inferno do trânsito nas grandes cidades, que se agrava quanto mais bem-sucedido é o projeto desenvolvimentista, é a expressão máxima da completa inviabilidade de prosseguir sem uma revisão profunda de objetivos. Ao que parece, a sociedade intuiu a falência do projeto do século passado antes que o Estado e aqueles que deveriam representá-la - governo e oposição, Executivo, Legislativo e imprensa - tenham se dado conta de que hoje trabalham com objetivos anacrônicos.
A insatisfação difusa dos protestos pode vir a ser catalizadora de uma mudança profunda de rumo, que abra o caminho para um novo desenvolvimento, não mais baseado exclusivamente no crescimento do consumo material, mas na qualidade de vida. Para isso, é preciso que surjam lideranças capazes de exprimir, formular e executar o novo desenvolvimento.
André Lara Resende é economista. Este texto será apresentado na Festa Literária de Paraty (Flip), em debate com o filósofo Marcos Nobre, que ocorre neste sábado
.
Penso que meditar sobre esses dois pontos a seguir é de extrema atualidade :

- Enquanto as ideologias ... ferramentas de destruição das estruturas antigas de poder...  não forem desativadas servirão somente para atrapalhar o progresso das Nações.
-Enquanto as economias não contemplarem as verdadeiras necessidades das pessoas não teremos progresso na paz social .
Até mais , e mais uma vez grato ao Amigo F. Beauclair










terça-feira, 2 de julho de 2013

Porque não contemplar a diversidade do território Nacional ...

... quando decidimos sobre o tipo de sistema eleitoral , e financiamento de campanhas ? A  preocupação com o possível enfraquecimento da Federação  não passa pelo tipo de sistema eleitoral , sequer pelo tipo de financiamento de campanhas . A diversidade do Território Nacional é um fato, e portanto pode, e deve ser contemplado, em decisões que implicam em custos, e dificuldades logísticas . A meu ver nada impede que se estude qual o sistema mais adequado a cada região em que o Pais fosse dividido .Acredito até que as dificuldades políticas sejam atenuadas atingindo -se melhor equilíbrio nos pleitos, e até mesmo maior representatividade dos eleitos... principalmente se proibirmos o uso da TV em campanhas pessoais... reservando esse recurso apenas para debates não ideológicos, e sem agressões entre os participantes . Creio até que o custo desse tempo de TV PODERIA SER BANCADO POR ANUNCIANTES . Quanto ao financiamento vejo como especialmente interessante o financiamento direto pelo eleitor via partido por coloca - lo como protagonista ativo das campanhas, e possível beneficiário... pois suas contribuições poderiam ser abatidas do seu IR.  E PORQUE ESSE TIPO DE FINANCIAMENTO fortaleceria os partidos, e os tornaria mais representativos do eleitor . Porém isso demandaria diminuir o peso da ideologia na política pois ela divide, e não acrescenta valor ao debate político sensato ...que visa o bem público, e não interesses particulares... muitas vezes de cunho estrangeiro .Estamos em um regime republicano assim devemos incentivar o eleitor a se comportar como cidadão e não como súdito de políticos de coração aristocrata . Para isso é necessário sua maior participação no processo de formação do poder contribuindo de várias formas além do voto... até mesmo a  monetária fruto do seu trabalho.A proibição da TV para campanhas pessoais poria o candidato mais próximo do eleitor aumentando o convívio mútuo como era em tempos idos .Fazendo -o visitar centros de atuação civil , e assim ser melhor conhecido e avaliado .O assunto é complexo, e merecia melhor destino do que esse de um apressado plebiscito em cima de perguntinhas arrumadas de afogadilho .Mas antes faze-la assim do que não agir pois o que rola atualmente não serve . Até mais .

sábado, 16 de março de 2013

segunda-feira, 4 de março de 2013

Dois grandes artigos que a mídia não deu relevância ...

... porque não sei  ! Mas eu dei valor enorme a eles, e assim resolvi publica - los aqui... para que fiquem à disposição de quem os quiser ler .Caso já não o tenham feito, aconselho a lerem, pois são de fato bem atuais . Seguem :

-Artigo de  autoria de Fernando Henrique Cardoso

 O GLOBO  País  Domingo 3 .3 .2013
FERNANDO HENRIQUE
CARDOSO
SEM DISFARCE NEM MIOPIA
Sem disfarce nem miopia
Por ora, o trem da economia não descarrilou, mas as balizas que asseguraram
crescimento com estabilidade se tornam cada vez mais referências longínquas

As forças governistas, depois de precipitarem
a campanha eleitoral, voltaram
ao diapasão antigo: comparar os governos
petistas com os do PSDB. Chega a ser
doentio! Será que não sabem olhar para a
frente? As conjunturas mudam. O que é possível
fazer em uma dada fase muitas vezes
não pode ser feito em outra; políticas podem
e devem ser aperfeiçoadas. Porém, na lógica
infantil prevalecente, em lugar de se perguntar
o que mudou no país em cada governo,
em que direção e com qual velocidade, fazem-
se comparações sem sentido e imaginase
que tudo começou do zero no primeiro dia
do governo Lula. Na cartilha de exaltação aos
dez anos do PT no poder, com capa ao estilo
realismo socialista e Dilma e Lula retratados
como duas faces de uma mesma criatura, a
História é reescrita para fazer as estatísticas
falarem o que aos donos do poder interessa.
Nada de novo sob o sol: é só lembrar os museus
soviéticos que borravam nas fotos os
rostos dos ex-companheiros caídos em desgraça...
O PSDB não deve entrar nessa armadilha.
É melhor olhar para a frente e deixar as
picuinhas para quem gosta delas.
Quanto ao futuro, o governo está demonstrando
miopia estratégica. Depois de quatro
anos iniciais de consolidação da herança
bendita, a política econômica teve de reagir
ao violento impacto da crise de 2007/2008.
Foi necessário, sem demora, expandir o gasto
público, desonerar setores produtivos, ampliar
o crédito através dos bancos públicos,
etc. Em situações extraordinárias, medidas
extraordinárias. Mas o cachimbo foi entortando
a boca: a discricionariedade governamental
tornou-se a regra desde então. Com
isso, a credibilidade do BC foi posta em xeque,
a transparência das contas públicas
também. Cresceram as dúvidas sobre a inflação
futura e sobre o compromisso do governo
com a responsabilidade fiscal.
Não há que exagerar na crítica: por ora, o
trem não descarrilou. Mas as balizas que asseguraram
crescimento com estabilidade
(câmbio flutuante, metas inflacionárias e responsabilidade
fiscal), mesmo ainda em pé,
tornam-se cada vez mais referências longínquas.
A máquina governamental está enguiçada
como o próprio governo sente; e sua incapacidade
para consertá-la é preocupante.
Os expedientes utilizados até agora com o
propósito de acelerar o crescimento deram
em quase nada (o Pibinho). Na ânsia de acelerar
a economia, o governo beijou a cruz e
apelou para as concessões (portos, aeroportos,
estradas) e mesmo privatizações (de partes
da distribuição energética). Mas a viseira ideológica,
o hábito de fechar-se em pequenos grupos,
a precariedade gerencial não permitem dar
efetividade a decisões que ferem o coração de
suas crenças arcaicas.
Enquanto a China puxar as exportações de
matérias-primas e de alimentos, tudo vai se arranjando.
Mesmo assim, a produção industrial
torna-se menos competitiva e perde importância
relativa no processo produtivo. A balança
comercial já deixou de ser folgada, mas, com o
financiamento estrangeiro, as contas vão fechando.
No curto prazo, tudo bem. A prazo mais
longo, volta a preocupar o fantasma da “vulnerabilidade
externa”.
Já se veem no horizonte sinais de retomada na
economia mundial. Não me refiro a uma incerta
recuperação do emprego e do equilíbrio fiscal,
este em alguns países da Europa, aquele nos Estados
Unidos. Refiro-me ao que Schumpeter salientava
para explicar a natureza do crescimento
econômico, uma onda de inovações. Provavelmente
serão os Estados Unidos que capitanearão a nova investida capitalista mundial.
O gás de xisto e os novos métodos de extração
de petróleo tornarão aquele país a grande potência
energética. Junto com ele, Canadá,
México, Argentina e Brasil podem ter um lugar
ao sol. De ser isso verdade, uma nova geopolítica
se desenha, com, por um lado, um
polo chinês- asiático e outro americano. Isso
em um contexto político e cultural que não
aceita hegemonias, no qual, portanto, a multiplicidade
de polos e subpolos requer uma
nova institucionalidade global.
Diante disso, como ficará o Brasil: pendendo
para a Alba, de inspiração chavista? À margem
da nova aliança atlântica proposta pelos
Estados Unidos, que, por agora, contempla
apenas a América do Norte e a Europa? Iremos
fortalecer nossos laços com o mundo
árabe longínquo, ou este terminará por se
aconchegar na dupla formada pela China e
pela Índia, ambos países carentes de energia?
E como nos situaremos na dinâmica da nova
fase do capitalismo global? Ao que eu saiba,
ela continuará dependendo do aumento contínuo
de produtividade para assegurar as bases
do bem-estar social (que não será decorrência
automática disso, mas de políticas
adequadas). Como, então, querer acelerar o
crescimento utilizando truques e maquiagens,
do tipo subsídios tópicos, exceções de
impostos setoriais, salvamento de empresas
via Hospital BNDES ou Caixa Econômica?
Quando o PSDB fez o Plano Real, percebeu
as oportunidades que se abriam para o Brasil
com a globalização, desde que ajustássemos
a economia e iniciássemos políticas de inclusão
social. Na época o PT não entendeu do
que se tratava. Queria dar o calote da dívida
externa e sustentava o inadequado programa
Fome Zero, que jamais saiu do papel. Foram
as bolsas que o PSDB introduziu que salvaram
o PT quando este, tardiamente, deu-se
conta de que era melhor fazer uma política
de transferência direta de rendas. Em geral se
aferrou à ideia de que a globalização seria
uma ideologia — o neoliberalismo — e não a
maneira contemporânea de organizar a produção
com base em novas tecnologias e novas
normas. Não estará o PT repetindo o
equívoco, com uma leitura míope do mundo
e distorcida do papel do Estado? A resposta
cabe ao governo. Ao PSDB cumpre oferecer a
sua visão alternativa e um programa contemporâneo
que amplie as possibilidades de realização
pessoal e coletiva dos brasileiros. Sem
esquecer o passado, mas com os olhos no
futuro

-Discurso do Senador Aécio Neves no Senado Federal



Senhor presidente,


Senhoras e senhores senadores,
Aproveito a oportunidade, extremamente emblemática, em que o Partido dos Trabalhadores festeja os seus 33 anos de existência --e uma década de exercício de poder à frente da Presidência-- para emprestar-lhes alguma colaboração crítica.
Confesso que o faço neste momento completamente à vontade, haja vista a cartilha especialmente produzida pela legenda para celebrar a ocasião festiva.
Nela, de forma incorreta, o PT trata como iguais as conjunturas e realidades absolutamente diferentes que marcaram os governos do PSDB e do PT.
Ao escolher comemorar o seu aniversário falando do PSDB, o PT transformou o nosso partido no convidado de honra da sua festa.
Eu aceito o convite até porque temos muito o que dizer aos nossos anfitriões.
Apesar do esforço do partido em se apresentar como redentor do Brasil moderno, é justo assinalar algumas ausências importantes na celebração petista.
Nela, não estão presentes a autocrítica, a humildade e o reconhecimento. Essas são algumas das matérias-primas fundamentais do fazer diário da política e que, infelizmente, parecem estar sempre em falta na prática dos nossos adversários.
Mas afinal, qual é o PT que celebra aniversário hoje?
O que fez do discurso da ética, durante anos, a sua principal bandeira eleitoral, ou o que defende em praça pública os réus do mensalão?
O que condenou com ferocidade as privatizações conduzidas pelo PSDB ou o que as realiza hoje, sem qualquer constrangimento?
O que discursa defendendo um Estado forte ou o que coloca em risco as principais empresas públicas nacionais, como a Petrobras e a Eletrobras?
O Brasil clama por saber: qual PT aniversaria hoje?
O que ocupou as ruas lutando pelas liberdades ou o que, no poder, apoia ditaduras e defende o controle da imprensa?
O PT que considerava inalienáveis os direitos individuais ou o que se sente ameaçado por uma ativista cuja única arma é a sua consciência?
A verdade é que hoje seria um bom dia para que o PT revisitasse a sua própria trajetória, não pelo espelho do narcisismo, mas pelos olhos da história.
Até porque, ao contrário do que tenta fazer crer a propaganda oficial, o Brasil não foi descoberto em 2003.
Onde esteve o PT em momentos cruciais, que ajudaram o Brasil a ser o que é hoje?
Como já disse aqui, todas as vezes que o PT precisou escolher entre o PT e o Brasil, o PT escolheu o PT.
Foi assim quando negou seu apoio a Tancredo no Colégio Eleitoral para garantir o nosso reencontro com a democracia.
Foi assim quando renegou a constituição cidadã de Ulysses.
Quando eximiu-se de qualquer contribuição à governabilidade no governo Itamar Franco e quando se opôs ao Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal
Em todos esses instantes o PT optou pelo projeto do PT.
Fato é que, no governo, deram continuidade às políticas criadas e implantadas pelo presidente Fernando Henrique.
E fizeram isso sem jamais reconhecer a enorme contribuição dada pelo governo do PSDB na construção das bases que permitiram importantes conquistas alcançadas no período de governo do PT.
No governo ou na oposição temos as mesmas posições.
Não confundimos convicção com conveniência.
Nossas convicções não nos impedem de reconhecer que nossos adversários, ao prosseguirem com ações herdadas do nosso governo, alcançaram alguns avanços importantes para o Brasil.
Da mesma forma, são elas, as nossas convicções, que sustentam as críticas que fazemos aos descaminhos da atual gestão federal.
Senhoras e senhores senadores,
A presidente Dilma Rousseff chega à metade de seu mandato longe de cumprir as promessas da campanha de 2010.
Há uma infinidade de compromissos simplesmente sublimados.
A incapacidade de gestão se adensou, as dificuldades aumentaram e o Brasil parou.
Os pilares da economia estão em rápida deterioração, colocando em risco conquistas que a sociedade brasileira logrou anos para alcançar, como a estabilidade da moeda.
Senhoras e senhores
Sei que a grande maioria das senadoras e senadores conhece as dezenas de incongruências deste governo, que têm feito o país adernar em um mar de ineficiência e equívocos.
Mas o resultado do conjunto da obra é bem maior do que a soma de suas partes.
Nos poucos minutos de que disponho hoje gostaria de convidá-los a percorrer comigo 13 dos maiores fracassos e das mais graves ameaças ao nosso futuro produzidos pelo governo que hoje comemora 10 anos.
Confesso que não foi fácil escolher apenas 13 pontos.
1. O comprometimento do nosso desenvolvimento:
Tivemos um biênio perdido, com o PIB per capita avançando minúsculo 1%. Superamos em crescimento na região apenas o Paraguai. Um quadro inimaginável há alguns anos.
2. A paralisia do país: o PAC da propaganda e do marketing
O crítico problema da infraestrutura permanece intocado. As condições de nossas rodovias, portos e aeroportos nos empurram para as piores colocações dos rankings mundiais de competitividade. O Brasil está parado.
São raras as obras que se transformaram em realidade e extenso o rol das iniciativas só serve à propaganda petista.
3. O tempo perdido: A indústria sucateada
O setor industrial - que tradicionalmente costuma pagar os melhores salários e induzir a inovação na cadeia produtiva - praticamente não tem gerado empregos. Agora começa a desempregar, como mostrou o IBGE. Estamos voltando à era JK, quando éramos meros exportadores de commodities.
4. Inflação em alta: a estabilidade ameaçada
O PT nunca valorizou a estabilidade da moeda.
Na oposição, combateu o Plano Real.
O resultado é que temos hoje inflação alta, persistentemente acima da meta, com baixíssimo crescimento. Quem mais perde são os mais pobres.
5. Perda da Credibilidade: A Contabilidade criativa
A má gestão econômica obrigou o PT a malabarismos inéditos e manobras contábeis que estão jogando por terra a credibilidade fiscal duramente conquistada pelo país.
Para fechar as contas, instaurou-se o uso promíscuo de recursos públicos, do caixa do Tesouro, de ativos do BNDES, de dividendos de estatais, de poupança do Fundo Soberano e até do FGTS dos trabalhadores.
Recorro ao insuspeito ministro Delfim Neto, próximo conselheiro da presidente da republica que publicamente afirmou:
"Trata-se de uma sucessão de espertezas capazes de destruir o esforço de transparência que culminou na magnífica Lei de Responsabilidade Fiscal, duramente combatida pelo Partido dos Trabalhadores na sua fase de pré-entendimento da realidade nacional, mas que continua sob seu permanente ataque".
A quebra de seriedade da política econômica produzidas por tais alquimias não tem qualquer efeito prático, mas tem custo devastador.
6. A destruição do patrimônio nacional: a derrocada da Petrobras e o desmonte das estatais
Em poucos anos, a Petrobras teve perda brutal no seu valor de mercado.
É difícil para o nosso orgulho brasileiro saber que a Petrobras vale menos que a empresa petroleira da Colômbia.
Como o PT conseguiu destruir as finanças da maior empresa brasileira em tão pouco tempo e de forma tão nefasta?
Outras empresas estatais vão pelo mesmo caminho.
Escreveu recentemente o economista José Roberto Mendonça de Barros:
"Não deixa de ser curioso que o governo mais adepto do estado forte desde Geisel tenha produzido uma regulação que enfraqueceu tanto as suas companhias".
7. O eterno país do futuro: o mito da autossuficiência e a implosão do etanol
Todos se lembram que o PT alçou a Petrobras e as descobertas do pré-sal à posição de símbolos nacionais. Anunciou em 2006, com as mãos sujas de óleo, que éramos autossuficientes na produção de petróleo e combustíveis.
Pouco tempo depois, porém, não apenas somos importadores de derivados como compramos etanol dos Estados Unidos.
8. Ausência de planejamento: O risco de apagão
No ano passado, especialistas apontavam que o governo Dilma foi salvo do racionamento de energia pelo péssimo desempenho da economia, mas o risco permanece.
Os "apaguinhos" só não são mais frequentes porque o parque termoelétrico herdado da gestão FHC está funcionando com capacidade máxima.
A correta opção da energia eólica padece com os erros de planejamento do PT: usinas prontas não operam porque não dispõem de linhas de transmissão.
9. Desmantelamento da Federação: interesses do pais subjugados a um projeto de poder
O governo adota uma prática perversa que visa fragilizar estados e municípios com o objetivo de retirar-lhes autonomia e fazê-los curvar diante do poder central.
O governo federal não assume, como deveria, o papel de coordenador das discussões vitais para a Federação como as que envolvem as dividas dos estados, os critérios de divisão do FPE e os royalties do petróleo assistindo passivamente a crescente conflagração entre as regiões e estados brasileiros.
Assiste, também, ao trágico do Nordeste, onde faltam medidas contra seca.
10. Brasil inseguro: Insegurança pública e o flagelo das drogas
Muitos brasileiros talvez não saibam, mas apesar da propaganda oficial, 87% de tudo investido em segurança pública no Brasil vêm dos cofres municipais e estaduais e apenas 13% da União.
Os gastos são decrescentes e insuficientes: no ano passado, apenas 24% dos R$ 3 bilhões previstos no Orçamento foram investidos. E isso a despeito de, entre 2011 e 2012, a União já ter reduzido em 21% seus investimentos em segurança.
Um dos efeitos mais nefastos dessa omissão é a alarmante expansão do consumo de crack no país. E registro a corajosa posição do governador Geraldo Alckmin nessa questão.
11. Descaso na saúde, frustração na educação
O governo federal impediu, através da sua base no Congresso, que fosse fixado um patamar mínimo de investimento em saúde pela esfera federal. O descompromisso e as sucessivas manobras com investimentos anunciados e não executados na área agridem milhões de brasileiros.
Enquanto os municípios devem dispor de 15% de seus recursos em saúde, os estados 12%, o governo federal negou-se a investir 10%.
As grandes conquistas na área da saúde continuam sendo as do governo do PSDB: Saúde da Família, genéricos, política de combate à AIDS.
Com a educação está acontecendo o mesmo. O governo herdou a universalização do ensino fundamental, mas foi incapaz de elevar o nível da qualidade em sala de aula.
Segundo denúncias da imprensa, das 6.000 novas creches prometidas em 2010, no final de 2012, apenas 7 haviam sido entregues.
12. O mau exemplo: o estímulo à intolerância e o autoritarismo.
Setores do PT estimulam a intolerância como instrumento de ação política. Tratam adversário como inimigo a ser abatido.
Tentam, e já tentaram cercear a liberdade de imprensa.
E para tentar desqualificar as críticas, atacam e desqualificam os críticos, numa tática autoritária.
Para fugir do debate democrático, transformam em alvo os que têm a coragem de apontar seus erros.
A grande verdade é que o governo petista não dialoga com essa Casa, mantendo-o subordinado a seus interesses e conveniências, reduzindo-o a mero homologador de Medidas Provisórias.
13. A defesa dos maus feitos: a complacência com os desvios éticos.
O recrudescimento do autoritarismo e da intolerância tem direta ligação com a complacência com que setores do petismo lidam com práticas que afrontam a consciência ética do país. Os casos de corrupção se sucedem, paralisando áreas inteiras do governo.
Não falta quem chegue a defender em praça pública a prática de ilegalidades sobre a ótica de que os fins justificam os meios.
Ao transformar a ética em componente menor da ação política, o PT presta enorme desserviço ao país, em especial às novas gerações.
Senhoras e senhores,
A grande verdade é, nestes dez anos, o PT está exaurindo a herança bendita que o governo Fernando Henrique lhe legou.
A ameaça da inflação, a quebra de confiança dos investidores, o descalabro das contas públicas são exemplos de crônica má gestão.
No campo político, não há mais espaço para tolerar o intolerável.
É intolerável, senhoras e senhores, a apropriação indevida da rede nacional de rádio e TV para que o governante possa combater adversários e fazer proselitismo eleitoral.
É intolerável o governo brasileiro receber de representantes de um governo amigo do PT informações para serem usadas contra uma cidadã estrangeira em visita ao nosso país.
Diariamente, assistimos serem ultrapassados os limites que deveriam separar o público do partidário.
E não falo apenas de legalidade. Falo de legitimidade.
Vejo que há quem sente falta da oposição barulhenta, muitas vezes irresponsável feita pelo PT no passado.
Pois digo com absoluta clareza: não seremos e nem faremos esta oposição.
Agir como o PT agiu enquanto oposição faria com que fôssemos iguais a eles.
E não somos.
Não fazemos oposição ao Brasil e aos brasileiros. Jamais fizemos.
Tentando mais uma vez dividir o país entre o nós e o eles, entre os bons e os maus, o PT foge do verdadeiro debate que interessa ao Brasil e aos brasileiros.
Como construiremos as verdadeiras bases para transformarmos a administração diária da pobreza em sua definitiva superação?
Como construiremos as bases para um desenvolvimento verdadeiramente sustentável e solidário com todos os brasileiros?
A esta altura, parece ser esta uma agenda proibida, sem qualquer espaço no governismo.
Até porque, senhoras e senhores, se constata aqui o irremediável: não é mais a presidente quem governa. Hoje, quem governa hoje o país é a lógica da reeleição.
Muito obrigado.

Todos que me lêem já sabem o que penso de políticos que colocam ideologias acima dos interesses Nacionais : são espertalhões que buscam se dar bem atravez da política aplicando nos eleitores o  CONTO DO CAVALO DO VIZIR ... Até mais . 

PS : Agora são três os  grandes artigos aos quais a mídia não deu a devida relevância ... Míriam Leitão acrescentou de forma brilhante e atual a sua parte vejam no link a seguir :
Limites da Lei
Não houve em 2014 qualquer calamidade que secasse de repente os cofres públicos e obrigasse o governo a rasgar a lei para manter os benefícios dos mais pobres. Houve sinais prévios de que a crise fiscal estava ficando mais séria, mas o governo os ignorou e continuou ampliando despesas porque era ano eleitoral.Vejam no link acima !

O Pais precisa urgente de corrigir rumos leia os artigos ... medite ... e tome posição face aos acontecimentos dos tempos que estamos vivendo ... até mais, e boa sorte para todos nós !



sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ei , Cordeiro você está sujando ...

... a minha água ! Dizia o leão na fábula de Esopo que li na minha infância . O Paraguai foi posto na amargura Internacional por conta de uma decisão soberana do seu STF . A múmia do Hugo poderá governar a Venezuela por via de decisões difíceis de serem entendidas por não Bolivarianos . Muitos criticam o Hugo chamando o cidadão de prepotente . Perdem seu tempo da mesma forma que o cordeiro perdeu o dele e nesse caso também a vida pois o leão estava era com fome ! E com fome de leão não se brinca .... uma boa lembrança para nossos interlocutores que dialogam em nosso nome com os Bolivarianos . Esses Bolivarianos são de temperamento hispânico mais para leão que o nosso que vem dos portugueses que já defenestraram o rei deles e como nós vivem em república . Acho que está na hora de apresentar aos Bolivarianos o nosso Caxias bem mais figura que o esguio e suspeito Bolívar ... parece mais poeta que militar !.. Quando eu era jovem o Chanceler de então se chamava Santiago Dantas que conseguiu colocar em prática mundo afora a doutrina da não intervenção nos assuntos internos de outros Países . Isso tinha a virtude de aprisionar cada leão no seu quintal ... mas os tempos mudaram e agora está essa zorra aí com o Hugo e  sua camarilha de Bolivarianos e cupinchas se metendo onde não  são chamados . Não sei o que vocês pensam ... quanto à mim  o novo modelo de convivência internacional não agrada nem um pouco .Meu pressentimento é de que devemos caminhar na direção de Santiago Dantas e começar a falar de Caxias novamente .Na época  em que Caxias era ;ídolo Nacional ... jovem ainda era eu ... visitei com meus sogros uma família Venezuelana . O velhinho pai da senhora que era dona da casa falava de um tal de Simon Bolívar com profunda reverência . Eu olhava para ele e o achava senil e alienado . Os anos passaram , ele morreu . e ... olha aí !  Até mais .